As pesquisadoras da Escola de Dança da UFBA Eliana Rodrigues Silva e Suzana Martins apresentam suas pesquisas e conversam com os presentes na Aliança Francesa, na Ladeira da Barra, em Salvador, na próxima terça-feira dia 21, das 20h às 22h, na Sala de Conferências.
A temática de Eliana será Representações da imagem corporal na cena artística contemporânea. Como diz o filósofo Alan: Todos os estados da alma se passam no corpo e em concordância com a forma corporal. Não existe então alma separada do corpo. Mais que isso, podemos dizer que o corpo é fenômeno que funda o humano e é modelado pela experiência sócio-cultural, através de aprendizagem complexa que envolve todos os domínios da experiência humana (física, mental ou espiritual). Como o espírito do tempo está inscrito na arte, podemos afirmar que as imagens corporais representadas ao longo da história nos dão sinais importantes de cada época. Assim, essa apresentação propõe um “passeio” pela história para analisar algumas dessas imagens a partir das ferramentas básicas da análise crítica do corpo na cena.
Com a temática Um Olhar sobre o Corpo Divinizado no Candomblé da Bahia, Suzana abordará parcialmente os valores estéticos de matrizes negro-africanas que estão inseridos na dança dos Orixás do Candomblé (sistema de crenças, obrigações religiosas e práticas rituais dedicadas a divindades ancestrais), a partir do fenômeno da corporificação, de que trata em seu livro A Dança de Yemanjá Ogunté sob a perspectiva estética do corpo (2008). A corporificação se dá no momento em que o religioso alcança a união espiritual com o Orixá através do ritual e da cerimônia na festa pública. Os gestos e os movimentos inscritos no corpo num processo intenso e extenso de aprendizagem são internalizados de acordo com os dogmas, os fundamentos religiosos e o arquétipo dos Orixás, sendo transmitidos pelos religiosos mais velhos da comunidade do Candomblé.
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